Fernando Alves Firmino

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sábado, 3 de maio de 2014

Audrey Hepburn, 85 anos...




     Audrey Hepburn (1929-1993) foi uma atriz belga. "A Princesa e o Plebeu" e "A Bonequinha de Luxo", são dois de vários filmes de sucesso de sua carreira. Tem sua estrela na calçada da fama em Hollywood. Foi a terceira mulher a receber as quatro premiações americanas por seu trabalho, o Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony.

     Audrey Hepburn (1929-1993) nasceu na Bélgica, no dia 4 de maio de 1929. Filha de Joseph Anthony Ruston, banqueiro inglês e Ella Van Heemstra, baronesa holandesa. Estudou balé e foi modelo, até ser descoberta para o cinema. Participou de pequenos filmes na França e na Inglaterra. Em 1952 estreou na Broadway, como protagonista da peça "Gigi".



     Em 1953 grava seu primeiro filme "A princesa e o Plebeu", onde viveu a Princesa Ann. Em 1954 recebe o Oscar de melhor atriz. Nesse mesmo ano casa-se com o ator Mel Ferrer. Trabalhou na peça "Ondine" e recebeu o prêmio Tony pela sua atuação. Em 1960 nasce seu primeiro filho Sean H. Ferrer. De volta ao cinema grava "Bonequinha de Luxo", sendo indicada novamente para o Oscar. Em 1968 se divorcia. Casa-se novamente, com Andrea Dotti e em 1970 nasce seu segundo filho Luca Dotti. Em 1982 se divorcia.

     Na década de 80, torna-se Embaixadora Especial para o Fundo UNICEF das Nações Unidas, de Ajuda às Crianças. Participou de missões no México, El Salvador, Equador, Venezuela, Sudão, Somália, Etiópia e Tailândia.



     Audrey Hepburn faleceu no dia 20 de janeiro de 1993, na cidade de Tolochenaz, na Suíça. Em 1993 (póstuma), recebeu os prêmio "Grammy" pelo melhor álbum de histórias para crianças por "Audrey Hepburn's Enchanted Tales" e o "Emmy" pela melhor performance individual num programa informativo por "Garden of the World". Em 2009 foi eleita a atriz mais bonita da história de Hollywood.



Principais Filmes de Audrey Hepburn

A Princesa e o Plebeu, 1953
Sabrina, 1954
Guerra e Paz, 1956
Cinderela em Paris, 1957
Amor na Tarde, 1957
Uma Cruz a Beira do Abismo, 1957
Bonequinha de Luxo, 1961
Charada, 1963
Minha Querida Dama, 1964
Um Clarão Nas Trevas, 1967
Um Caminho Para Dois, 1967
Além da Eternidade, 1989



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Kichute...lembra dele?




     Kichute é um calçado, misto de tênis e chuteira, produzido no Brasil desde a década de 1970 pela Alpargatas. Com o slogan "Kichute, calce esta força" teve seu ápice entre os anos de 1978 e 1985, quando suas vendas ultrapassaram 9 milhões de pares anuais.

     Feito de lona e solado com cravos de borracha, todo ele preto, virou mania entre os meninos, pois era usado tanto para ir à escola quanto para a prática do futebol, ainda mais depois da conquista do Brasil da Copa do Mundo de 1970. Devido ao seu grande cadarço, era comum entrelaçá-lo na canela antes de amarrá-lo, ou mesmo dar voltas nele próprio, passando pelo solado.

     O produto foi lançado em 15 de junho de 1970, aproveitando o advento da Copa do Mundo do México. Foram lançadas bolas de futebol de salão e de campo com a marca Kichute.

     Com a entrada de modelos importados de tênis, suas vendas despencaram, mas o Kichute nunca deixou de ser produzido principalmente devido ao revival dos anos de 1970 e 1980 na moda. Muitos estilistas famosos estão utilizando o Kichute em suas coleções.

     Em São Paulo, na década de 1990, fazia parte dos uniformes dos garis da prefeitura.

     Em Novembro de 2009 estreava nos cinemas o filme “Meninos de Kichute”, adaptação cinematográfica do livro homônimo de Márcio Américo, e que foi inspirado neste calçado. O longa ganhou o "Prêmio Juri Popular" de Melhor Filme Brasileiro na 34° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em novembro de 2010, na sua unica exibição pública.

Fonte: Wikipedia


segunda-feira, 3 de março de 2014

Carro do ultraseven


     Galera do Super 80. Vocês lembram do Ultraseven? Então leiam esta matéria que saiu no Jornal do Carro do Estado de SP de 03.03.2014.




     Uma história de amor que levou a outra. Assim pode ser resumida a saga de 21 anos do japonês Yasushi Shiroi, que importou dos Estados Unidos (pagando impostos de US$ 12 mil, fora o preço do carro) um Chrysler Imperial de 1958 para transformá-lo no Pointer 1, veículo usado pela Terrestrian Defense Force no seriado Ultraseven.

     Após todo esse tempo criando o inusitado modelo nos mínimos detalhes, Shiroi começou a passear com o carro e foi assim que conheceu sua mulher em uma exposição, em 1997. 

     Segundo ele, os japoneses de sua época sempre foram loucos pelo Ultraseven porque as histórias eram muito dramáticas. A intenção do criador, no início, até era vender o modelo depois de usar um pouco, mas ele se apegou tanto que desistiu. Como Shiroi mesmo diz no vídeo, para ele "esse Pointer 1 é um carro sagrado". Veja o vídeo em inglês com todos os detalhes desse automóvel.  


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pica-pau, um clássico inesquecível






Pica-pau e sua hilária sátira do Barbeiro de Sevilha.

     Pica-Pau, conhecido originalmente como Woody Woodpecker, é um personagem que estrelou várias animações produzidas pelos estúdios Walter Lantz e distribuídas pela Universal Pictures. Criado em 1940, em suas primeiras aparições, sua imagem era diferente de como conhecemos atualmente: com corpo mais distorcido e temperamento mais agitado, o pássaro foi tomando o formato mais conhecido atualmente ao longo dos anos. Em inglês, woodpecker significa pica-pau e Woody é, provavelmente, um termo para dar maior sonoridade ao nome.

     A sua primeira aparição foi em 1957 no The Woody Woodpacker Show, onde mostrava imagens do personagem interagindo com filmagens de seu criador, Walter Lantz, fazendo com que ambos estivessem apresentando o programa em parceria.
Curtas do personagem foram produzidos até o ano de 1972. Em 1999 a Universal Animation Studios trabalhou em novas produções do desenho animado, que permaneceu até 2003. Tal versão se chamou The New Woody Woodpecker Show.

Esta é um clássico.


     Um agente de imprensa afirmou que a ideia de criação do personagem surgiu durante a lua de mel de Walter, quando um pica-pau passou uma noite inteira fazendo sons no telhado, atrapalhando o momento de descanso do casal. Ao ir embora, perceberam que o pássaro havia deixado alguns buracos por onde a chuva começou a entrar. Grace, esposa do autor, deu a ele então a sugestão de dar vida a tal animal em algum desenho. No entanto, existem controvérsias, já que Walter e sua esposa Grace (que mais tarde se tornaria também uma das dubladoras do Pica-Pau) se casaram somente após a estréia do pássaro no cinema.

    No Brasil, a primeira emissora a televisionar a série foi a extinta TV Tupi logo no seu segundo dia de funcionamento. Nesta época, as animações não eram dubladas e permaneceram desta maneira por 7 anos, pelo menos.

Aqui as variações no traço do personagem.


     O primeiro canal a exibir o desenho do Pica-Pau dublado foi a TV Record. O SBT deteve os direitos sob a animação até 2002 e, um ano depois, a Rede Globo passou episódios remasterizados no programa TV Globinho. Em 2006, a Rede Record voltou a exibir o desenho que permanece na grade da emissora até os dias de hoje.

     A série tem oficialmente cerca de 200 episódios. Apesar de muitos deles se destacarem, alguns capítulos são mais comuns ao público como: Pica-Pau Ataca Novamente (1940) O Barbeiro de Sevilha (1944); Hora do Bebê  (1948); Delícia Gelada (1949); Farejador vs. Pica-Pau (1955); Um Pica-Pau de Marte(1956); Papai Urso (1957); O Gato a Jato(1961); O Gato a Jato (1962); A Observadora de Pássaros (1965); A Fonte da Juventude (1970); Um Cão Falante (1972), entre outros.

     Com um local próprio ao personagem reservado na Calçada da Fama, Pica-Pau mostra que o seu sucesso permaneceu ao longo das décadas entre crianças e jovens, sendo famoso para a sua geração e todas as precedentes.

     Pica-Pau é um desenho animado de sucesso, criado em 1940 pelo desenhista e animador Walter Lantz. Pica-Pau tem características antropomórficas, características humanas mesmo num corpo de um pica-pau. Pica-Pau apareceu já nos primeiros episódios com comportamento bem “louco” e aparência grotesca. Foi um dos personagens que popularizou este tipo de comportamento nos desenhos animados, embora não tivesse sido o primeiro.
    Com o passar dos anos Pica-Pau foi alterando sua aparência, com traços mais trabalhados, mais simpático, menos agressivo e seu temperamento foi amenizado, tirando um pouco de sua “loucura”. A primeira dublagem americana foi feita por Mel Blanc, que também já havia dublado personagens da serie Looney Tunes.
     Foi transmitido pela TV somente em 1957 no programa The Woody Woodpecker Show. Os desenhos foram feitos até 1972, quando Lantz resolver fechar o estúdio de produção. Pica-Pau retornou nos curta-metragens de 1999 a 2003 pelos estúdios de Warner, chamado de The New Woody Woodpecker Show. Pica-Pau foi um dos poucos desenhos animados a entrarem para a calçada da fama em Los Angeles.
     Walter decidiu criar o personagem após um pica-pau ter atormentado e divertido uma de suas viagens com sua mulher. Walter mostrou a idéia a um executivo da Universal e foi negada a produção dos curtas, dizendo que era o desenho de pássaro mais feio que já viu. Mas com muita insistência a Universal acabou produzindo o desenho e virou sucesso absoluto.
    O Pica-Pau foi o primeiro desenho animado a ser exibido no Brasil, ainda na TV Tupi em 1950, curiosamente 1 dia após o canal ser criado, mas ainda era exibido com dublagem em inglês. Somente na década de 60 a Rede Record começou a transmitir episódios em português.
    Tempos depois o SBT passou a exibir até o ano de 2002, em 2003 a Globo adquiriu os direitos do desenho ficando no ar por alguns anos, mas acabou sendo descartado da grade. Em 2006 a Record passa a exibir os desenhos mais recentes do Pica-Pau, produzidos entre 1999 e 2003.
     Pica-Pai ainda faz sucesso com as crianças por ser um personagem super divertido, que causa muita confusão, com temperamento diferente de outros desenhos, sem explorar violência, tiros e etc…



O criador do personagem




    Walter Lantz ou Walter Benjamin Lanza, nasceu no dia 27 de abril de 1899, em New Rochelle, Estados Unidos, filho de Francesco Paolo Lanza e Maria Gervasi, um casal de imigrantes italianos da cidade de Calitri, na Itália. Desde muito cedo o garoto Walter mostrava seus primeiros sinais de que seria um grande desenhista e em vista disso, seus pais resolveram matriculá-lo em aulas de desenhos aos doze anos de idade.
    Mas apesar disso, seu primeiro emprego foi como mecânico, onde ele adorava colocar pelas paredes os seus desenhos, até que um dia um dos clientes da oficina, reparou e gostou dos desenhos de Walter na garagem. Conseguiu para ele um novo trabalho na New York American, enquanto estudava na New York City´s Art Studentes League, após o término de seu trabalho na empresa.
    Aos poucos foi galgando cargos dentro da empresa e em pouco tempo já trabalhava atrás das câmeras no departamento de animação, o que fez com que pouco tempo depois ele arranjasse um emprego na John R. Bray Studios, em Nova Iorque, onde começou a trabalhar para a série “Colonel Heeza Liar”.
    Já em 1924, Lantz já tinha um grande destaque como desenhista, dirigia, animava e também protagonizava a sua primeira série de desenhos animados chamado “Dinky Doodle”. Três anos depois se muda para Hollywood e vai trabalhar com o famoso diretor Frank Capra e com o escritor de comédias Mack Sennett.
    Um ano depois, 1928, Lant foi contratado por Charles B. Mintz para a direção da série animada “Oswald the Lucky Rabbit” para a Universal Pictures, mas no princípio deste mesmo ano, Mintz e seu George Winkler resolvem vender o personagem, o que irritou profundamente o presidente da Universal, Carl Laemmle e acaba despedindo todos da companhia. 
    Lantz então passa a produzir a série por conta própria e resolve iniciar o seu trabalho em seu estúdio, com a ajuda do animador Bill Nolan para a criação das séries e em setembro de 1929, Lantz consegue finalmente fazer aquele que seria o seu primeiro desenho animado que foi chamado de “Race Riot”.
    Assim, Lantz continuou a trabalhar como um produtor independente, mas também co-produzindo outros desenhos animados para a Universal Pictures, algumas delas com a marca Castle Films e por volta de 1940 passa a negociar sobre os direitos dos personagens criados por ele. Entre 1939 a 1949, Lantz realizou para a Universal um desenho animado que narrava as aventuras de Andy Panda.
    Em 1940, Lantz se casa com Grace Stafford e na sua lua de mel, dizem que havia um pica-pau fazendo um tremendo barulho perfurando algumas madeiras do telhado e então ela sugeriu criar um personagem, infernal como aquele, para os seus desenhos. Verdade ou mentira, Lantz fez a aparição do Pica-Pau, fazendo um papel coadjuvante para as brincadeiras com Andy Pandy e apareceu pela primeira vez no episódio chamado “Knock Knock”, mas na época o personagem parecia não ter muito futuro.
    Aos poucos o personagem foi ganhando mais destaque, mas o personagem só teve a sua grande chance em 1957, quando ele apareceu pela primeira vez conduzindo seu próprio espetáculo chamado “The Woody Woodpecker Show”. O personagem virou um tremendo de um sucesso, que Lantz chegou a receber uma indicação ao Oscar com a canção “The Woody Woodpecker Song”.
   Walter Lantz continuou as produções dos desenhos animados até 1972, quando teve de fechar o estúdio, mesmo assim continuou trabalhando com seus personagens, principalmente o Pica-Pau. Em 1982, Lantz doou dezessete desses materiais ao Museu Nacional de História dos Estados Unidos, juntamente com um modelo esculpido em madeira que foi utilizado na estréia dos desenhos do Pica-Pau em 1941.
    Além de Andy Panda e o Pica-Pau, Lantz criou outros desenhos que também se tornaram famosos como o Coelho Osvaldo, Picolino e o Inpetor Willoughby, entre outros. Walter Lantz morreu em 22 de março de 1994, em Burbank, Califórnia, Estados Unidos, de insuficiência cardíaca, aos 95 anos de idade.

Fonte:
http://www.clickgratis.com.br/criancas/dicas-para-pais/pica-pau-saiba-mais-sobre-o-personagem/#ixzz2uFJu7vnG
http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/w/walter-lantz.htm

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Lego Caça-Fantasmas



     Os Caça-fantasmas 3 esta dificil de ter suas gravações iniciadas, mas a LEGO não vai deixar passar em branco os 30 anos do primeiro filme (1984) e lança a versão em brinquedo do sensacional filme.

     A edição especial foi escolhida dentro do programa Curso da LEGO, que seleciona e premia designs da marca. Veja imagens do projeto (que podem não corresponder ao produto final):






Super 80, o melhor dos anos 60, 70, 80 e 90.

sábado, 9 de novembro de 2013

Genius...sensacional




     Quem não lembra deste brinquedo que mexeu com uma geração inteira...me recordo dos encontros com os colegas após a escola, onde era só levar o Genius e começava o campeonato para ver quem era o melhor...



Vamos conhecer mais sobre ele?

     No começo da década de 70, criadores da empresa Atari desenvolveram um protótipo de jogo eletrônico de mesa, no estilo dos pinballs, com diversas luzes que deveriam ser pressionadas na sequência correta. Porém, tal ideia foi abandonada e não chegou a ser produzida. Poucos anos depois, o inventor Milton Bradley aproveitou a ideia, transformando o conceito em um brinquedo portátil e marcante, que foi ofertado a diversas empresas do setor.

     A ideia de Bradley foi aprovada e lançada pela Hasbro, se transformando no maior hit do mercado de brinquedos no ano de 1978. Originalmente, o brinquedo tem o nome de Simon, derivado de uma brincadeira infantil chamada "Simon Says", conhecida no Brasil como "Siga o Mestre" ou "O Mestre Mandou".

     No Brasil, a Estrela licenciou os direitos do jogo, e no ano de 1980 lançou o produto, usando o nome "Genius" e também alcançando enorme sucesso. Desde então, o Simon vendeu milhões de unidades, servindo de inspiração para diversos outros jogos, provas de gincanas televisivas, games de celular e consoles e etc (veja ao lado a imagem de uma versão "de bolso"). A simplicidade do conceito de jogo e o design clássico marcaram o Simon/Genius como um dos brinquedos mais populares do século XX, o transformando também em ícone da cultura pop!

     Você sabia que:

     - O lançamento do Simon se deu em uma festa na lendária discoteca Studio 54, em NY, no ano de 1978.

     - A fase mais dificíl na versão original do brinquedo tem 31 repetições de luzes.

     - O jogo aparece nos filmes "E.T." e "Férias Frustradas".

     - Além do Brasil, alguns dos poucos países que modificaram o nome original são a Alemanha (onde o brinquedo é chamado de "Senso") e a Espanha (onde o nome é "Mi Amigo").

        Serviu de base para a fabricação do Merlin.

Vejam esta relíquia, vídeo da propaganda do Genius com o gênio Chico Anysio

Abaixo vídeo do relançamento do Genius:

sábado, 7 de setembro de 2013

Águas de Março é eleita o maior clássico da música brasileira.


     A Rádio Eldorado e o Jornal O Estado de SP realizaram pesquisa e a música de Tom Jobim e Elis Regina foi eleita o maior clássico da música brasileira.



     Confira a matéria do Jornal O Estado de SP:

     Exatos 1.300 votos fizeram de Águas de Março, “o maior clássico do música brasileira” na enquete promovida pela Rádio Eldorado, em parceria com o estadao.com e o Estado. No total, foram 15.988 participações, e nenhuma candidata ficou sem indicação. Tom Jobim tinha seis músicas concorrendo nas 50 pré-selecionadas. Cinco parcerias e apenas uma feita somente por ele. Foi justamente esta que ficou no topo.
  A gravação original de Águas de Março foi lançada pelo Pasquim, em 1972, no compactoDisco de Bolso, com interpretação do próprio Tom. A proposta era apresentar, de um lado, uma composição de um artista consagrado e, do outro, um novo artista. Assim, o lado B deÁguas de Março foi Agnus Sei, dos então “desconhecidos” João Bosco e Aldir Blanc. Entretanto, foi na gravação do disco Elis & Tom, de 1974, que a música encontrou sua vocação para dueto e se tornou o clássico que ainda é.
     A canção foi feita no sítio do maestro, em Poço Fundo, onde a natureza e o silêncio da noite ajudavam Tom a compor. Segundo sua irmã, Helena Jobim, no livro Antonio Carlos Jobim – Um Homem Iluminado, Tom estava trabalhando obsessivamente em Matita Perê na época. Águas de Março surgiu como um respiro, deixando o maestro muito empolgado. Embora a melodia não seja triste, a letra da canção certamente tem um tom de melancolia. O compositor já declarou em entrevistas que a compôs num período de depressão. Ele achava que ninguém mais ouvia suas músicas, bebia demais e, assim, apareceram versos como  “é o fim do caminho / é um resto de toco, / é um pouco sozinho”.
     A estrutura de Águas de Março utiliza um recurso parecido com o do Samba de Uma Nota Só, ou seja, a repetição de notas e variação de acordes, o que faz a música parecer simples, sendo ao mesmo tempo sofisticada. Essa “simplicidade” aliada às imagens da natureza talvez tenha sido o apelo para que se tornasse mais de uma vez trilha sonora de comerciais de TV.

    Um dos critérios utilizados na seleção das músicas que fizeram parte da enquete foi a representatividade fora do País. A segunda colocada foi canção que apresentou o Brasil aos estrangeiros, em especial aos norte-americanos. Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, foi feita em 1939 e gravada originalmente por Francisco Alves. Mas só caiu nas graças do público quando serviu de tema para Zé Carioca no filme  Alô, Amigos, da Disney. A 34.ª colocada na enquete também está no mesmo filme: Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu e Aloysio Oliveira.
     Curiosamente, na época em que Tom Jobim fez Águas de Março, ele estava muito entusiasmado com Construção, lançada no ano anterior por Chico Buarque. A suposta morte de um operário narrada em tom épico e dramático, com arranjo sinfônico do maestro Rogério Duprat e versos terminados em proparoxítonas, foi a terceira canção mais votada.
     Fechando o pódio das cinco primeiras, Luiz Gonzaga emplacou Asa Branca no quarto lugar, que é seguida por Carinhoso.

A VOTAÇÃO
1 - Águas de Março (Tom Jobim) – 1.300 votos
2 - Aquarela do Brasil (Ari Barroso) – 1.159 votos
3 - Construção (Chico Buarque) – 1.102 votos
4 - Asa Branca (Luiz Gonzaga) – 972 votos
5 - Carinhoso (Pixinguinha /João de Barro) – 924 votos
6 - As Rosas Não Falam (Cartola) – 852 votos
7 - Garota de Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) – 779 votos
8 - Trem das Onze (Adoniran Barbosa) –750 votos
9 - Ouro de Tolo (Raul Seixas) – 640 votos
10 - Como Nossos Pais (Belchior) – 631 votos
11 - Chega de Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) – 470 votos
12 - Alegria Alegria (Caetano Veloso) – 408 votos
13 - Pra Não Dizer que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré) – 393 votos
14 - Brasileirinho (Waldir Azevedo / Pereira da Costa) – 379 votos
15 - Travessia (Milton Nascimento / Fernando Brant) – 335 votos
16 -Eu Sei que Vou te Amar (Jobim / Vinicius) – 308 votos
17 - Balada do Louco (Arnaldo Baptista / Rita Lee) – 301 votos
18 - O que Será (Chico Buarque) – 297 votos
19 - Ideologia (Roberto Frejat / Cazuza) – 278 votos
20 - Eu Te Amo (Chico Buarque / Tom Jobim) – 222 votos
21 - Detalhes (Roberto Carlos / Erasmo Carlos) – 213 votos
22 - O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco / Aldir Blanc) – 207 votos
23 - Ai, Que Saudades da Amélia (Ataulfo Alves / Mário Lago) – 205 votos
24 - Sangue Latino (João Ricardo / Paulinho Mendonça) – 198 votos
25 - Disparada (Geraldo Vandré / Theo de Barros) – 183 votos
26 - Com Que Roupa (Noel Rosa) – 182 votos
27 - As Curvas da Estrada de Santos (Roberto Carlos / Erasmo Carlos) – 180 votos
28 - Desafinado (Tom Jobim / Newton Mendonça) – 159 votos
29 - Canto de Ossanha (Vinicius de Moraes / Baden Powell) – 153 votos
30 - O Trem Azul (Lô Borges / Ronaldo Bastos) – 132 votos
31 - País Tropical (Jorge Ben Jor) – 132 votos
32 - Sampa (Caetano Veloso) – 131 votos
33 - Mania de Você (Rita Lee / Roberto de Carvalho) – 125 votos
34 - Tico-Tico no Fubá (Zequinha de Abreu / Aloysio Oliveira) – 121 votos
35 - Foi um Rio que Passou em Minha Vida (Paulinho da Viola) – 120 votos
36 - Domingo no Parque (Gilberto Gil) – 111 votos
37 - Brasil Pandeiro (Assis Valente) – 103 votos
38 - Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá / Antônio Maria) – 98 votos
39 - Tarde em Itapuã (Vinicius de Moraes / Toquinho) ­– 98 votos
40 - Mas Que Nada (Jorge Ben Jor) – 94 votos
41 - Ronda (Paulo Vanzolini) – 94 votos
42 - Como uma Onda (Lulu Santos / Nelson Motta) – 89 votos
43 - Folhas Secas (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito) – 62 votos
44 - Pérola Negra (Luiz Melodia) – 51 votos
45 - Óculos (Herbert Vianna) – 47 votos
46 - Marina (Dorival Caymmi) – 44 votos
47 - O Que É que a Baiana Tem (Dorival Caymmi) – 39 votos
48 - Diz que Fui Por Aí (Zé Keti / Hortêncio Rocha) – 36 votos
49 - Samba de Verão (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle) – 31 votos
50 - Primavera (Silvio Rochael / Cassiano) – 25 votos

Texto de: Regis Salvarani - O Estado de S. Paulo