Fernando Alves Firmino

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sábado, 7 de setembro de 2013

Águas de Março é eleita o maior clássico da música brasileira.


     A Rádio Eldorado e o Jornal O Estado de SP realizaram pesquisa e a música de Tom Jobim e Elis Regina foi eleita o maior clássico da música brasileira.



     Confira a matéria do Jornal O Estado de SP:

     Exatos 1.300 votos fizeram de Águas de Março, “o maior clássico do música brasileira” na enquete promovida pela Rádio Eldorado, em parceria com o estadao.com e o Estado. No total, foram 15.988 participações, e nenhuma candidata ficou sem indicação. Tom Jobim tinha seis músicas concorrendo nas 50 pré-selecionadas. Cinco parcerias e apenas uma feita somente por ele. Foi justamente esta que ficou no topo.
  A gravação original de Águas de Março foi lançada pelo Pasquim, em 1972, no compactoDisco de Bolso, com interpretação do próprio Tom. A proposta era apresentar, de um lado, uma composição de um artista consagrado e, do outro, um novo artista. Assim, o lado B deÁguas de Março foi Agnus Sei, dos então “desconhecidos” João Bosco e Aldir Blanc. Entretanto, foi na gravação do disco Elis & Tom, de 1974, que a música encontrou sua vocação para dueto e se tornou o clássico que ainda é.
     A canção foi feita no sítio do maestro, em Poço Fundo, onde a natureza e o silêncio da noite ajudavam Tom a compor. Segundo sua irmã, Helena Jobim, no livro Antonio Carlos Jobim – Um Homem Iluminado, Tom estava trabalhando obsessivamente em Matita Perê na época. Águas de Março surgiu como um respiro, deixando o maestro muito empolgado. Embora a melodia não seja triste, a letra da canção certamente tem um tom de melancolia. O compositor já declarou em entrevistas que a compôs num período de depressão. Ele achava que ninguém mais ouvia suas músicas, bebia demais e, assim, apareceram versos como  “é o fim do caminho / é um resto de toco, / é um pouco sozinho”.
     A estrutura de Águas de Março utiliza um recurso parecido com o do Samba de Uma Nota Só, ou seja, a repetição de notas e variação de acordes, o que faz a música parecer simples, sendo ao mesmo tempo sofisticada. Essa “simplicidade” aliada às imagens da natureza talvez tenha sido o apelo para que se tornasse mais de uma vez trilha sonora de comerciais de TV.

    Um dos critérios utilizados na seleção das músicas que fizeram parte da enquete foi a representatividade fora do País. A segunda colocada foi canção que apresentou o Brasil aos estrangeiros, em especial aos norte-americanos. Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, foi feita em 1939 e gravada originalmente por Francisco Alves. Mas só caiu nas graças do público quando serviu de tema para Zé Carioca no filme  Alô, Amigos, da Disney. A 34.ª colocada na enquete também está no mesmo filme: Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu e Aloysio Oliveira.
     Curiosamente, na época em que Tom Jobim fez Águas de Março, ele estava muito entusiasmado com Construção, lançada no ano anterior por Chico Buarque. A suposta morte de um operário narrada em tom épico e dramático, com arranjo sinfônico do maestro Rogério Duprat e versos terminados em proparoxítonas, foi a terceira canção mais votada.
     Fechando o pódio das cinco primeiras, Luiz Gonzaga emplacou Asa Branca no quarto lugar, que é seguida por Carinhoso.

A VOTAÇÃO
1 - Águas de Março (Tom Jobim) – 1.300 votos
2 - Aquarela do Brasil (Ari Barroso) – 1.159 votos
3 - Construção (Chico Buarque) – 1.102 votos
4 - Asa Branca (Luiz Gonzaga) – 972 votos
5 - Carinhoso (Pixinguinha /João de Barro) – 924 votos
6 - As Rosas Não Falam (Cartola) – 852 votos
7 - Garota de Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) – 779 votos
8 - Trem das Onze (Adoniran Barbosa) –750 votos
9 - Ouro de Tolo (Raul Seixas) – 640 votos
10 - Como Nossos Pais (Belchior) – 631 votos
11 - Chega de Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) – 470 votos
12 - Alegria Alegria (Caetano Veloso) – 408 votos
13 - Pra Não Dizer que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré) – 393 votos
14 - Brasileirinho (Waldir Azevedo / Pereira da Costa) – 379 votos
15 - Travessia (Milton Nascimento / Fernando Brant) – 335 votos
16 -Eu Sei que Vou te Amar (Jobim / Vinicius) – 308 votos
17 - Balada do Louco (Arnaldo Baptista / Rita Lee) – 301 votos
18 - O que Será (Chico Buarque) – 297 votos
19 - Ideologia (Roberto Frejat / Cazuza) – 278 votos
20 - Eu Te Amo (Chico Buarque / Tom Jobim) – 222 votos
21 - Detalhes (Roberto Carlos / Erasmo Carlos) – 213 votos
22 - O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco / Aldir Blanc) – 207 votos
23 - Ai, Que Saudades da Amélia (Ataulfo Alves / Mário Lago) – 205 votos
24 - Sangue Latino (João Ricardo / Paulinho Mendonça) – 198 votos
25 - Disparada (Geraldo Vandré / Theo de Barros) – 183 votos
26 - Com Que Roupa (Noel Rosa) – 182 votos
27 - As Curvas da Estrada de Santos (Roberto Carlos / Erasmo Carlos) – 180 votos
28 - Desafinado (Tom Jobim / Newton Mendonça) – 159 votos
29 - Canto de Ossanha (Vinicius de Moraes / Baden Powell) – 153 votos
30 - O Trem Azul (Lô Borges / Ronaldo Bastos) – 132 votos
31 - País Tropical (Jorge Ben Jor) – 132 votos
32 - Sampa (Caetano Veloso) – 131 votos
33 - Mania de Você (Rita Lee / Roberto de Carvalho) – 125 votos
34 - Tico-Tico no Fubá (Zequinha de Abreu / Aloysio Oliveira) – 121 votos
35 - Foi um Rio que Passou em Minha Vida (Paulinho da Viola) – 120 votos
36 - Domingo no Parque (Gilberto Gil) – 111 votos
37 - Brasil Pandeiro (Assis Valente) – 103 votos
38 - Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá / Antônio Maria) – 98 votos
39 - Tarde em Itapuã (Vinicius de Moraes / Toquinho) ­– 98 votos
40 - Mas Que Nada (Jorge Ben Jor) – 94 votos
41 - Ronda (Paulo Vanzolini) – 94 votos
42 - Como uma Onda (Lulu Santos / Nelson Motta) – 89 votos
43 - Folhas Secas (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito) – 62 votos
44 - Pérola Negra (Luiz Melodia) – 51 votos
45 - Óculos (Herbert Vianna) – 47 votos
46 - Marina (Dorival Caymmi) – 44 votos
47 - O Que É que a Baiana Tem (Dorival Caymmi) – 39 votos
48 - Diz que Fui Por Aí (Zé Keti / Hortêncio Rocha) – 36 votos
49 - Samba de Verão (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle) – 31 votos
50 - Primavera (Silvio Rochael / Cassiano) – 25 votos

Texto de: Regis Salvarani - O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Homenagem a Freddie Mercury, líder do Queen

Por: Fernando Alves Firmino


'Eu não serei um astro do rock, eu serei uma lenda', disse Freddie Mercury aos membros da banda que estava formando em 1970.

     Se ele estivesse vivo, completaria 67 anos. Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Zanzibar, 5 de setembro de 1946 — Londres, 24 de novembro de 1991), foi um cantor, pianista e compositor que ficou mundialmente famoso como vocalista da banda britânica de hard rock Queen, que ele integrou de 1970 até o ano de sua morte.

     Mercury se tornou célebre por seu poderoso tom de voz e suas performances energéticas que sempre envolviam a plateia, sendo considerado pela crítica como um dos maiores artistas de todos os tempos. 

     Como compositor, Mercury criou a maioria dos grandes sucessos do Queen, como "We Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody to Love" e "Don't Stop Me Now". Além de seu trabalho na banda, Mercury também lançou vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, Mr. Bad Guy, em 1985, e um disco de ópera ao lado da soprano Montserrat Caballé, Barcelona, em 1988. Mercury morreu vítima de broncopneumonia, acarretada pela AIDS, em 1991, um dia depois de ter assumido a doença publicamente.

     Seu trabalho no Queen ainda lhe gera reconhecimento até os dias de hoje: Mercury é citado como principal influência de muitos outros cantores e bandas. Em 2006, ele foi nomeado a maior celebridade asiática de todos os tempos, sendo também eleito o maior líder de banda da história em uma votação pública organizada pela MTV americana. Em 2008, ele ficou na décima oitava posição na lista dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone, e no ano seguinte a Classic Rock o nomeou o maior vocalista do rock and roll. Com o Queen, Mercury já vendeu mais de cento e cinquenta milhões de discos ao redor do mundo.


Confira um pouco do talento de Freddie Mercury.


Aqui em Barcelona em 1988.

     Com o Queen, Mercury lançou quinze álbuns, incluindo um disco póstumo, e também lançou dois álbuns solo.4 Os discos estão listados a seguir:


Com o Queen:

Queen (1973)
Queen II (1974)
Sheer Heart Attack (1974)
A Night at the Opera (1975)
A Day at the Races (1976)
News of the World (1977)
Jazz (1978)
The Game (1980)
Flash Gordon (1980)
Hot Space (1982)
The Works (1984)
A Kind of Magic (1986)
The Miracle (1989)
Innuendo (1991)
Made in Heaven (1995)

Solo:

Mr. Bad Guy (1985)
Barcelona (1988)